quinta-feira, 10 de maio de 2007

História da EAD no mundo e no Brasil

A educação a distância surgiu, por volta de 1850, da necessidade dos agricultores e pecuaristas Europeus no pós-guerra, terem que ampliar suas produções e negócios em função do aumento da demanda. O ensino a distância era então através de correspondências, eles aprendiam como plantar e qual eram as melhores formas para cuidar do seu rebanho.
Do início do século XX até a segunda guerra mundial vária experiências e metodologias foram implantadas para ampliar as técnicas de educação à distância, até então mantidas por correspondência.
A evolução do ensino à distância foi fortemente influênciada pela introdução dos novos meios de comunicação de massa, que foram surgindo paliativamente, principalmente o rádio, depois a televisão, o telefone, o telégrafo e enfim todos os outros meios de comunicações até o advento da internet.
No Brasil essa modalidade de ensino surgiu no século passado. Havendo, no entanto, discrepância entre os autores pesquisados. Segundo João Vianney em 2004 essa modalidade de ensino completou cem anos, pois, em 1904 atribui-se como possível data para os primeiros cursos de ensino por correspondência. O professor Vianney, um dos grandes estudiosos sobre educação à distância, acredita que já nessa época, algumas instituições privadas ofereciam cursos profissionalizantes, principalmente de caligrafia, desenho e arte.
A jornalista Olívia Bulla menciona as várias experiências adotadas para o funcionamento da educação à distância e o seu começo provável em 1934, com a forte influência dos meios de comunicação e início das atividades institucionalizadas. O surgimento das escolas privadas que ofereciam cursos de educação não-presencial.
Porém, o alcance dessa modalidade de ensino é muito mais abrangente, devido às várias propostas pedagógicas que foi possível criar e associar aos meios tecnológicos. È possível que tenha despertado interesses antes de sua institucionalização.
Com base nessa análise comparativa é possível entender que por volta de 1934 surgem as primeiras instituições com atividades de educação não-presencial, as quais se mantêm na atualidade.

Neste pequeno histórico da EAD no mundo e no Brasil fica evidente que esta modalidade de ensino é muito mais antiga do que imaginamos, e que a sua evolução é acompanhada pelas novas tecnologias de comunicação.

Texto retirado da monografia "Educação a Distância como Ferramenta no Combate ao Analfabetismo de Jovens e Adultos em São Paulo", de autoria da BERNARDINA VALDENIA NAKAZONE. Encontrado no site:
http://www2.abed.org.br/visualizaDocumento.asp?Documento_ID=130

EAD (conceito)

No Brasil, em sua regulamentação, no Decreto no 2.494, de 10.2.98, encontramos a seguinte definição para a educação a distância, no art.1o:

Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Artigo: Criação do Centro de Tecnologia Pesquisa e em Educação a Distância na UNOPAR: relato de experiência

Artigo relata a implantação de um Centro de Tecnologia e Pesquisa em Educação a Distância na Universidade Norte do Paraná CTPEAD/ UNOPAR. O CTPEAD será um centro multidisciplinar, interdisciplinar, transdiciplinar e interinstitucional. Iniciará as suas atividades atuando com pesquisas de natureza qualitativa, quanti/qualitativa e quantitativa.
O centro tem como finalidades: validar os processos implementados pela Instituição na área; inserir a pesquisa em EAD no cenário educacional; criar e fortalecer linhas de pesquisa mediante articulação de ações de ensino, pesquisa e extensão;articular o ensino de graduação com a pós-graduação.
O CTPEAD será uma iniciativa pioneira no país, já que as instituições que atuam em EAD, dedicam-se em sua maioria, com o fazer pedagógico, sendo pequena a literatura decorrente de pesquisas na área, com exceção das grandes universidades que já atuam na pós-graduação na área de tecnologia de informação e comunicação em EAD, mesmo assim a literatura é escassa o que vem dificultando o reconhecimento dos cursos stricto sensu e a obtenção de financiamentos junto aos Órgãos de fomento, que exigem produção em EAD.
Com o advento do CTPEAD a UNOPAR tornar-se-á uma das poucas Instituições de ensino a desenvolver pesquisa em EAD no país, tornando-se, um referencial em EAD, ao produzir conhecimento e difundi-lo junto aos fóruns específicos e publicando na mídia impressa e on-line.

Acessado dia 16/04/07, no site:
http://www.abed.org.br/congresso2004/por/pdf/177-TC-A2.pdf

Artigo: Percebendo a educação a distância (ead): relato de pesquisa realizada junto a alunos do ensino superior

Pesquisa realizada na universidade particular, a Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), especificamente no Campus sediado na cidade de Biguaçu – SC, com o intuito de identificar a percepção do aluno quanto à EaD vivida e utilizar dessa pesquisa para promover ajustes necessários nos sistemas de EaD, os quais incluem em geral os componentes aluno, docente, comunicação e estrutura e organização.
Esta pesquisa teve abordagem qualitativa (descritiva) e foi utilizada uma análise de conteúdo para identificar as categorias relativas aos componentes do sistema de EaD.
Teve como público alunos da 2ª fase, do curso de pedagogia educação infantil e séries iniciais, no segundo semestre de 2004, cujo perfil é representado por 93,9% de alunos do sexo feminino e 6,1% de alunos do sexo masculino, possuem idade entre 24 e 40 anos, trabalham em turno integral ou parcial e são alunos que freqüentam a disciplina de Métodos e Técnicas da Pesquisa em Educação na modalidade semi-presencial, do qual apenas 7% disseram já ter participado de disciplinas na modalidade a distância e, para 93% tratava-se da primeira experiência com EaD. Foram 56 (cinqüenta e seis) formulários, preenchidos pelos alunos.
A pesquisa desenvolvida proporcionou a categorização da EaD vivida por alunos do ensino superior, possibilitando a discussão sobre os sentimentos dos alunos quanto a modalidade semi-presencial,. Para efeitos de apresentação dos resultados, as categorias foram agrupadas nos componentes do sistema de EaD. A seguir, ilustra o resultado da pesquisa:

Componentes do Sistema de EaD

1 Relacionados ao aluno
- Autonomia nos estudos, motivação para a pesquisa, inovação na Educação (na profissão do aluno), disciplina nos estudos, flexibilidade nos estudos, construção do conhecimento.

2 Relacionados ao Docente
- Conhecimento das características da professora noutras disciplinas ministradas na Universidade (“sempre foi dedicada e consegue fazer de um problema, uma solução”), Atenção do professor no Fórum, no chat e nas respostas aos e-mails da ferramenta “contato com o professor”, Metodologias e estratégias de ensino-aprendizagem.

3 Relacionados à Comunicação
- Inclusão digital, conteúdo (módulos, material impresso), ambiente virtual de aprendizagem (AVA).

4 Relacionados à Estrutura e Organização
- Espaço nos laboratórios de Informática, escassez de recursos da universidade.


Acessado dia 16/04/07, do site: http://www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/012tce3.pdf

domingo, 22 de abril de 2007

Ciência e senso comum

O conhecimento produzido e adquirido no cotidiano da sociedade denomina-se senso comum, o que é fruto da vivência e das relações humanas. É deste conhecimento que se origina o pensamento científico, porém os próprios cientistas e a sociedade em geral o subestimam. É dessa depreciação que surge a discriminação, e conseqüentemente a exclusão das pessoas na tentativa de ingressarem em uma instituição de ensino superior, que exige conhecimentos científicos e não aceita conhecimentos produzidos fora dela, fato que é comprovado no artigo de Cristovam Buarque publicado em 13 de janeiro de 2003 com o título “Universidade e Exclusão”. Neste artigo é discutida, além desse “aprisionamento” do saber nas instituições superiores, a necessidade das mesmas de conseguirem acompanhar a rapidez com que são produzidos os conhecimentos externos.
Os cientistas são vistos pela sociedade como pessoas dotadas de um conhecimento inquestionável, inibindo-a de qualquer argumentação a respeito de suas decisões. São eles que produzem o conhecimento científico, este que é produzido e dependente do rigor da sistematização, metódico e organizado. Esses profissionais adquirem especializações, e em contrapartida, quando se especializam, passam a saber muito mais de muito menos, ou seja, se aprofundam em determinado assunto, não relacionando e não compreendendo outros assuntos.